segunda-feira, 12 de setembro de 2011
ANÔNIMOS QUE QUEREM SER NOTÓRIOS.
Amigos e amigas, fui fundador da equipe de Esportes da Rádio Bandeirantes em Porto Alegre, lá comi o pão que o diabo amassou ao lado do Cabral , Mesquita , Estrada , Pelotinha , Mário Lima , Nando Gross, Cristiano Silva e outros tantos que para manter o trabalho e o sonho vivo, até de graça trabalharam . Lá trabalhamos sem receber literalmente. Lembro do Gaúchão de 2000, onde eu dirige e narrei todos os jogos da dupla GRENAL fora de casa, e sem receber pois o meu primeiro salário cheio só veio lá no mês de setembro. Recordo que viajava por exemplo com o Estrada para São Paulo sem passagem de volta marcada ou sem hotél reservado. Cansei de dormir em aeroporto ou então em apartamentos de amigos do Mário Lima como uma vez em Salvador. Sem falar uma vez em que no Rio de Janeiro, depois de um jogo em Bragança Paulista, eu e o Pelótinha desembarcamos no Santos Dumont e sem dinheiro, porque o Cabral ficou de mandar mas não pode porque infelizmente era feriado no Rio, tivemos que recorrer ao Renato Portaluppi amigo pessoal do Pelótinha que foi e disto eu nunca vou esquecer ao nosso hotel na rua Sá Ferreira esquina com Nossa Senhora á Beira do Morro do Pavãozinho levar dinheiro para nos socorrer pois tinhamos jogo no outro dia do Grêmio contra o Vasco em São Januário. Hoje eu chego no Olimpíco pela GUAIBA e diga-se de passagem com carteira assinada e direitos trabalhistas preservados, para a transmissão de um jogo e lá encontro novas colegas anônimas de 300 reais por mês, que sem saber da história da construção do espaço que ora ela ocupa e que por tantos profissionais foi construido nem te cumprimentar. É dose ! Sabe que eu estou quase dando razão ao Belmonte e ao Cristiano Silva, é tem quem ser á ferro e fogo.
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